2/09/2004

Boas maneiras?...

No seguimento do post do Langley sobre boas maneiras, que gerou uma verdadeira panóplia de comentários sobre as forma de tratamento TU / VOCÊ, apeteceu-me escrever um pouco sobre algo que me faz uma certa confusão.

De facto, quando ligo para o serviço de apoio a clientes da Yorn, o que me faz impressão não é o facto de me tratarem por "tu", que sinceramente não me aquece nem arrefece; por outro lado, o "...como estás?" seguinte deixa-me pouco à vontade. Que é suposto respondermos nesta situação?

Elaboremos assim uma lista com diferentes hipóteses, para os que vivem este dilema no seu dia-a-dia e que, como eu, até ao presente momento ficavam encabulados com tal saída do operador/a, que certamente ficava interiormente a rir-se às gargalhadas da vossa falta de capacidade de resposta. (gasp, cof cof)

1. "Epah, vai-se andando, obrigado, e tu, como vai a famelga, os filhotes, o cãozito?" - cria uma certa relação com o operador/a. Assim, talvez a conversa se desenvolva de alguma forma e possam acabar os dois a jantar à luz das velas no Gambrinos;

2. "Mas quem é que tu pensas que és para me falares assim, minha besta, não te conheço de parte nenhuma!" - mantém a distância entre ambos, e é bem provavel que a chamada seja posta em espera, passe para outra linha ou coisa parecida, em que te atenderá uma pessoa do serviço de apoio a clientes da Vodafone, já com menos confianças no tratamento;

3. Desligar o telefone ao perceber que fizeste figura de palhaço/a e ligar para o 16918, que para além de ser gratuito, te dá a possibilidade de falar com uma máquina, bem mais educada e com a maioria dos pedidos frequentes aos operadores.

Claro que também podíamos prosseguir a conversa com um simples "Bem, obrigado." e a nossa pergunta. Mas dessa forma não teríamos um leque tão aberto de interacções sociais que tornam a situação tão mais interessante. Ou não.