11/23/2004

Cromos de Portugal - nº15

Cromo Nº 15
Roberto Leal

Profissão: Cantor (se tivermos a boa vontade suficiente para chamar àquilo cantar)
Idade:
Desconhecida
Frase: “Adoro os meus irmãos portugueses” (dito com a sua pronúncia, é claro)"

Roberto Leal, ao contrário do que muita gente pensa (gente essa que ele não procura esclarecer, antes pelo contrário), não nasceu no Brasil. Roberto Leal nasceu em plenos Trás-os-Montes, numa aldeia com o extraordinário nome de Vale da Porca, e o seu nome de nascimento não poderia ser mais castiço: António Joaquim Fernandes. Mudou-se para o Brasil em 1962, com mais 10 irmãos.

O ano fatídico para toda a Humanidade, principalmente para quem fala Português, aconteceu no ano de 1971. Foi nesse ano que ele iniciou a sua carreira musical, com a canção “Arrebita”. Foi a primeira de um total de cerca de 300 canções com as quais ele torturou o mundo, e muitas das quais a maior parte de nós somos obrigados a conhecer (Embora o nosso cérebro tudo faça para bloquear as memórias de tais músicas).

Ao longo da sua carreira, vendeu mais de 17 milhões de discos em todo o mundo, tendo conseguido 30 Discos de Ouro e 5 de Platina. Este tipo de números são extremamente alarmantes, e provavelmente a Organização Mundial de Saúde já deveria te-los tido em atenção, porque são reveladores de alguma doença de foro mental muito grave que afecta os habitantes de Portugal e Brasil, especialmente, e que os faz comprar discos deste senhor. Roberto Leal chegou mesmo a actuar em Montreal para mais de 60.000 pessoas, o que vem mostrar que nem os habitantes da América do Norte estão a salvo desta doença.

O seu estatuto de estrela no Brasil é bem ilustrado pelo facto de ter protagonizado, em 1978, o filme “O Milagre”, que bateu recordes de bilheteira, e que contava a sua própria história. Por cá todos o conhecemos, devido às suas constantes aparições em tudo quanto é programa de televisão, onde faz questão de frisar o seu amor a Portugal e aos seus irmãos Portugueses.

Mais recentemente, Roberto Leal cometeu uma acção verdadeiramente reprovável, pela qual deveria ter sido preso. Aproveitando a onda patriótica provocada pelo Euro2004, apareceu em todos os programas televisivos alusivos ao mesmo, cantando o Hino Nacional Português. Eu pessoalmente considero que por causa de casos destes que se deveria reconsiderar o uso da pena de morte em Portugal...