2/11/2004

Pensamento do dia...

Palavras ditas por Charlie Chaplin. No seu melhor, sem dúvida:

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente. Nós devíamos morrer primeiro, deixarmo-nos logo disso. Então viver num lar até sermos postos fora por estarmos muito novos. Aí trabalhar 40 anos até estar bastante novo para poder aproveitar a sua reforma, em que você curte tudo, bebe bastante, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para o colégio, tem bastantes namoradas, torna-se criança, não tem nenhuma responsabilidade, torna-se um bebezinho de colo, volta para o útero da mãe, passa os seus últimos nove meses flutuando...

E tudo termina com um óptimo orgasmo! Não seria perfeito?"

Almoços & Castings

Ontem à tarde lá me dirigi para o Restelo (argh!), para levar a minha sobrinha a (mais) um casting, desta vez, para um anúncio de produtores de leite. Eu ainda sou daqueles que têm que se submeter às vontades da minha querida irmã, sob pena desta nunca mais na sua vida me fazer um favor. Portanto lá fui eu para a inevítável sala de espera, onde se encontram sempre as mamãs babadas com os seus filhos. E estão sempre com aquela expressão no olhar: "O meu é muito mais giro que o teu, podes crer que é...". Mas porquê, meus amigos, porque é que as crianças se lembram de querer ir à casa de banho todas ao mesmo tempo?! De repente, a minha sobrinha lembra-se de começar a gritar "XIXI, XIXI, XIXI" de maneira sôfrega. Assim, lá fui eu para a casa de banho. Ou ia, se não estivesse lá gente; pois, e agora? Como calar uma criança que se está prestes a mijar pelas pernas abaixo, e consequentemente, também pelas minhas?

Deixo isso à vossa consideração...
...porque o assunto que me trouxe aqui é bem mais pertinente. Faço aqui um apelo a todos os que me lêem no sentido de me ajudarem a encontrar uma resposta. PORQUE É QUE HÁ PESSOAS QUE NÃO SE CALAM NA HORA DA REFEIÇÃO?! Cheguei a casa, após uma manhã escolar, e deparo-me com a minha mãe e uma amiga que de vez em quando cá vem fazer umas tarefas domésticas, já que a minha mãe já se farta de trabalhar. Até aí, tudo bem. Mas ela faz questão de se pôr atrás de mim, para ver o que eu tou a escrever aqui no PC, fazendo, de minuto a minuto perguntas como: "Ehh André, como é que tu consegues escrever tão rápido?!" ou ainda "Essas letras são tão pequenas, como é que consegues ver?! Eu nem com óculos!". Chegamos então à mesa onde vamos almoçar. Eu, cheio de fome, só quero é despachar-me. Ela não. "Então André, não gostas de ervilhas?"; "O que é que foi ontem o teu jantar?"; "O meu Pedro só não gosta de grão, tu também não gostas?"; "Pois, mas então logo à noite a tua mãe vai-te fazer peixinho cozido, é?", "Daqui a bocado vens passar a ferro comigo, vens vens! AHAHAH". Ora bem, que eu saiba, a hora de almoço É PARA ALMOÇAR. Porquê tanta socialização?! É por isso que prefiro ter a TV ligada... ao menos ela não me chateia. A menos que esteja lá o Cárrrrribeiro ou o Manuel Luís Goucha. Mas isso é outra conversa...