3/10/2004

Prós e contras de uma loja chines(a)

Pois é. Há muito tempo que tinha este post na cabeça; e quando já todos suspiravam de alívio ao notar a ausência de posts da minha pessoa por estas bandas, cá venho eu tentar mais uma vez corresponder ao desafio que é fazer este já infame blog descer ainda mais baixo, depois da torrente de posts do nosso amigo Silva. De qualquer forma, aqui está uma tentativa rasca de frustrar as vossas expectativas de que um dia isto venha a melhorar.

E desta feita, trago-vos mais uma história sobre os costumes tão peculiares vindos de terras asiáticas, desta vez estudado cuidadosamente numa ida inesperada a uma das duas lojas chinesas que existem na minha rua. E acreditem que se escolhi pôr os pés neste estabelecimento foi por verdadeira necessidade - ou talvez pela preguiça de ir ao Colombo comprar uns phones decentes...



Era a primeira vez que entrava neste local, mas ao olhar para o letreiro apercebi-me logo que havia algo de extremamente errado. Mas enfim, lá respirei fundo e entrei decidido a cumprir a minha missão estóica de encontrar, no meio de um universo interminável de bugigangas baratas, consolas rascas a imitar a PlayStation e um monte de rouparia que nem o José Castelo Branco se atreveria a usar, os ditos phones. E acreditem que não estava fácil, de tão grande que é esta exposição de artigos fabricados certamente por putos explorados no mercado do trabalho infantil.

E eis que, quando examinava cuidadosamente a parafernália de auriculares de marcas sonantes como Sonny ou TDC (algo assim como genéricos da Sony e da TDK, penso eu de que) todas "made in Taiwan", sinto aquela impressão, um olhar cravado na nuca, e por sinal bem bicudo - era mesmo uma das empregadas da loja, naturalmente asiática, que seguia os meus movimentos com o olhar. Achei a situação bastante cómica, pelo que me esquivei para um local fora do alcance visual da rapariga, que prontamente deixou de fingir estar a brincar com o puto que se esfregava pelo chão, para mudar de lugar, encaminhando-se para um local onde pudesse controlar os meus movimentos.

Isto, caros amigos, fez-me sentir deveras importante, como se aquele par de phones que custavam pouco mais de um euro fossem um tesouro de valor inqualificável, uma raridade que a rapariga estava disposta a guardar com a vida. E nestes pensamentos que incluíam lutas à la Matrix pela custódia da miserável caixinha com os auriculares lá fiz eu a minha compra e encaminhei-me para a saída.

Escusado será dizer que tudo isto perdeu o encanto quando os phones pifaram, dois ou três dias depois.

Foi bom enquanto durou...

E porque três posts num dia é demais, esperei religiosamente até à meia-noite (pontualidade britânica, algo quase impossível na minha pessoa) para publicar aquele que é, sem dúvida, o post mais estúpido de toda a (curta) vida deste blog. E isto pode ser o fim, bem sei. As pessoas já começavam a cá vir naturalmente, sem qualquer tipo de pressão da parte dos autores... E agora, tudo isto está arruinado com o que se segue. Passemos então ao que interessa.

Como é que se desenha um assaltante?



Bom, peço-vos apenas que releiam tudo. Que não vos escape nada. É definitivamente o fim.

(gentilmente cedido pelo blog Penico Insuflável, também conhecido como «o sitio das piadas insufláveis...ahahahah...erm... :s», como os seus autores o intitulam. Já agora, vale a pena uma visita)