5/29/2004

"De que é que o português se queixa..." - Parte II

O Rock in Rio Lisboa é, quer queiramos quer não, um sucesso. É certo que as expectativas da organização, em termos de venda de bilhetes, estavam muito altas. Mas mesmo assim, a forte campanha de marketing não deixou de ter alguma eficácia.

Rock In Rio LisboaFoi hoje que começou o festival, pelo menos assim deveria ter sido, não fosse o facto da organização ter acrescentado o concerto da noite passada, com Paul McCartney. Já hoje, logo após uma pequena introdução musical por parte da Orquestra Metropolitana de Lisboa, foram respeitados 3 minutos de silêncio por um mundo melhor, não só pelo público presente, como também pelas duas RTP e todo o universo SIC, para além de todas as estações do Grupo Renascença. De fora, como sempre, a TVI e a Media Capital Rádios.

Mas também é normal que assim seja, afinal, se tivessemos um mundo melhor, Manuela Moura Guedes e amigos iriam parar ao desemprego, com o fim do Jornal Nacional.

Bom, mas voltemos lá à razão que me trouxe aqui. É provavelmente devido a essa forte campanha de marketing por detrás do festival de Roberto Medina, que temos um ano musical extremamente preenchido, isto sem esquecer, claro, o Euro 2004, que também chamou a atenção para este nosso cantinho.

Limp Bizkit, Paul McCartney, Sting, Jet, Slipknot, Metallica, Evanescence, Peter Gabriel, Sepultura, Reammon, The Darkness, Ben Harper, Phil Collins, Muse, Foo Fighters, Starsailor, Lenny Kravitz, Bob Dylan, Dandy Warhols, Scorpions, Black Eyed Peas, The Cure, Seether, Linkin Park, Fatboy Slim, UB40, Chemical Brothers, Incubus, Kings Of Leon, PJ Harvey, Alicia Keys, Korn, David Bowie e Massive Attack são alguns exemplos da música tocada ao vivo, durante este ano, no nosso país.

Não podemos esquecer, também, as meninas. Aliás, parece que decidiram todas aparecer por cá este ano: ora é a tóxica Britney Spears, ora a folclórica Nelly Furtado; temos também a bêbeba Avril Lavigne ("há vinhe?"), a rosada Pink e a canadiana Alanis Morissette; resta-nos apenas a monótona, querida e boazinha Dido e a carismática Madonna.

Conclusão: este ano ninguém se pode queixar, há música para todos os gostos e para todos os tipos de público. E mesmo assim, há por aí quem seja contra determinado festival por não se enquadrar nos seus gostos musicais. O próximo ano não poderá ser mais diversificado...