3/12/2004

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Tal como prometido, aqui fica uma dúvida pertinente, pelo menos para mim. Para que serve, afinal, a nova gama de águas engarrafadas da Lipton? Sim, essas mesmo, com sabor a chá.



É impressão minha ou o próprio chá se faz com água? Por sinal, esta é mais barata, se for 'água del cano', do que uma garrafa. Chegámos a um ponto em que já tudo é exageradamente estúpido, onde nos é dito que, ao bebermos esta água assumiremos um compromisso com o prazer, com frases do género "Acabaram os sacrifícios, chegou o prazer!" e analogias parvas como "Lipton Aquaé lembra o corpo e a mente de uma mulher tanto na elegância como na subtileza".

Se eu fosse uma mulher, reflectiria sobre se esta analogia é, afinal de contas, um elogio, como é suposto. Aliás, todo o discurso de apresentação deste produto está dirigido ao público feminino, o que faz transparecer que as mulheres são bastante mais influenciáveis por este tipo de publicidade. Ou não?

Enfim, este dois-em-um é apenas mais uma maneira de sermos arrastados para um hipermercado pela febre do consumismo, não só através de uma embalagem atraente, como também por uma descrição que nos remete para aquele que nos fazem crer ser 'o melhor produto do mundo para o seu relaxamento'.