2/10/2004

Chinese Fooood...

Apesar de este não estar a ser um dia propriamente feliz para mim, já tinha na ideia este post, portanto... :')

De maneiras que ontem fui jantar ao chinês. E de maneiras, também, que desta vez notei um facto frequente e deveras desagradável que se passa naquele tipo de restaurante, quase sempre.

Porque é que a as empregadas chinesinhas teimam, quando nos trazem o que pedimos à mesa, em anunciar os nomes dos pratos? Quer dizer, ontem apanhei um susto de morte que poderia ser facilmente evitado se a empregada, qual ladra furtiva, não se esgueirasse até atrás de mim e me berrasse, triunfante, aos ouvidos: "GALINHA COM AMÊNDOAS!".

Ora, não há direito. Uma pessoa escolhe ir a um restaurante chinês, sequiosa de um ambiente calmo e agradável para tomar a sua refeição e afinal arrisca-se a ter um AVC ou um enfarte do miocárdio com os berros destas senhoras. Seria muitíssimo mais agradável e salutar se as ditas empregatas nos sussurrassem ao ouvido o nome do prato, para não quebrar o clima.

Ou ficarem caladas. Afinal, todos têm olhos na cara para ver o que está no prato.

Portugal, palavras para quê...

A guerra contra este bloqueio que me afecta continua... Mas vamos lá ver se consigo escrever qualquer coisa.

Li hoje no Jornal de Notícias que uma tartaruga de grandes dimensões deu à costa na Praia do Quebrado, em Peniche. Para já, imaginar uma tartaruga com 1.88m de comprimento e 400kg de peso é, para mim, bastante difícil. Esta situação deu-se, aparentemente, devido a alguns ferimentos que a dita tartaruga tinha, sendo para esta mais dificil lutar contra a ondulação forte da altura. A tartaruga ficou presa na praia à noite, pelo que um popular avisou as autoridades do ocorrido logo nessa altura. Alguém se importou? Pergunta retórica, claro. Quando em Portugal toda a gente se consciencializar que os animais também sofrem e merecem o máximo de cuidado e atenção, presumo que será tarde demais.

Como já devem ter percebido, a tartaruga lá permaneceu toda a noite. Às 9h30 da manhã, lá tentaram mantê-la molhada e prepará-la para um sol que começava a dar um ar da sua graça. Às 11h, chega um guarda da Reserva Natural da Berlenga, ao qual se seguem Polícia Marítima e responsáveis da Câmara.

Conclusão: o animal só foi retirado depois do meio-dia, devido à enorme burocracia que continua a existir neste tipo de situações, em que é precisa uma resposta rápida. Acabou por morrer, já no Alentejo, visto que se dirigia para o Zoomarine, em Albufeira. E isto tudo, num carro de um habitante de Peniche, já que o Instituto de Conservação da Natureza possui restrições orçamentais, e portanto não dispunha de meios para o transporte do animal.

Será que algum dia os direitos dos animais vão ser respeitados neste país? É que nem um Instituto de Conservação da Natureza tem qualquer papel de relevo... É só mais um centro de emprego. Inútil à sociedade.

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PS - Eu prometo tentar recuperar inspiração pra escrever coisas mais leves... Por enquanto, só sai isto.