5/12/2004

Festival Eurovisão da Canção - é desta!...

...que ficamos em último.
Confesso que já tinha saudades do Festival da Canção.


Para além de poder ouvir um apresentador/locutor que faz parte do meu imaginário (o saudoso Eládio Clímaco - vale a pena reflectir sobre o seu nome, já agora), também podemos rir-nos, não só com as actuações a roçar o ridículo (sim, refiro-me, como exemplo, ao intérprete israelita, que é o Nuno Guerreiro lá do sítio), como também podemos desde já adivinhar o nosso resultado.

A minha previsão vai para que Portugal - que curiosamente, acabei de ver agora também, um desastre total, mais uma vez, tanto da intérprete que desafinou, como da música em si, que não tem sonoridade nenhuma - esteja entre os 12 que não passam à fase seguinte, já no sábado.

A pergunta é:
PORQUÊ?!

A síndrome do botão STOP

Sete horas, o som do despertador acorda-me para mais um dia de aulas prestes a começar com a tão agradável viagem de autocarro, repleto não só de estudantes que todos os dias cumprem o mesmo percurso mas também daqueles que parecem não cumprir a sua higiene diária e nos fazem torcer a cara num esgar de desagrado.

Sentindo-me anteontem particularmente observador, decidi reparar no comportamento dos primeiros que referi, e que resultou de forma algo hilariante naquilo a que dei o nome de "síndrome do botão STOP", que passarei então a explicar.

A causa de tanta agitação...Depois de todas as paragens, desde o início do meu percurso até à paragem anterior à que fica mais próxima da escola, há sempre alguém que carrega impaciente no botão para que o motorista páre. Depois disto, a população do veículo reduz-se praticamente a estudantes, que vão portanto sair na próxima paragem. Até aqui tudo bem - todos olham desinteressadamente para a rua, para o chão, para o tecto do autocarro... até metade do percurso, quando começam a olhar uns para os outros, de forma interrogativa. Pouco depois, esta atitude torna-se verdadeiramente inquietante, mas o botão lá permanece intocável.

A cerca de dez metros da paragem, o interessante (ou não...) acontece: como que impulsionados pelo movimento de uma mola, salta tudo da cadeira para fazer aquilo que se pode comparar a uma maratona - com alguns atropelamentos pelo caminho - até ao botão que, dentro desta minha metáfora, será algo como a medalha de ouro. Entretanto, parece que esta situação se repete todos os dias.

Imagino a vossa reacção desiludida desse lado; bem, admito que isto talvez não seja o comportamento mais interessante do mundo, mas achei a situação algo caricata. Alguém se atreve a elaborar uma teoria explicativa para isto?

A verdade sobre os Hackers

Ora cá estou a escrever neste belo blog. Coisa rara, pois é...

A razão que me leva a escrever tem a ver com a fantástica qualidade dos comunicados dirigidos aos alunos da minha escola, vindo do respectivo conselho executivo.

Na sequência de outros belos comunicados - como um feito pela altura do Carnaval, em que a escola advertia quanto à proibição de certas "brincadeiras" de Carnaval, como o apedrejamento de carros, o uso de explosivos na escola, ou as ameaças de bomba (todas elas actividades bastante frequentes durante o Carnaval...)- surge agora outro comunicado que consegue ser ainda mais ridiculo.

Este novo comunicado tem como tema o uso dos computadores da escola. Começa por referir que é proibido o seu uso por parte de hackers. Em seguida surge a fantástica descrição de um hacker. E o que é então um hacker? É mais ou menos isto: "Um hacker é um jovem adolescente tímido,sempre tímido, introvertido, que não gosta de brincar e que passa as noites a jogar computador". Mais palavra, menos palavra resumia-se a isto a descrição de um hacker. E eu que estava convencido que teria algo a ver com invasão de sistemas alheios. Mas não, afinal não, este comunicado vem fazer luz sobre o assunto.

Portanto, cuidado adolescentes tímidos, correm o risco de virem a ser presos por praticarem a actividade de hacker...